terça-feira, 27 de janeiro de 2009

E no dia de hoje...

Um p.s.

p.s.: Qual o segredo da felicidade? Será preciso ficar só, pra se viver?

Boa noite pessoas.

*Alice

domingo, 25 de janeiro de 2009

As sendas do amor!


Quando Marilda viu, Edgar estava tirando o carro da garagem. Há 20 anos que eles não faziam supermercado juntos. No começo do casamento, um não ia a padaria sem o outro. Mas o tempo havia passado e comprar comida virou uma coisa chata que ela tentava fazer da maneira mais rápida possível. Mas Edgar cismou com aquela besteira e não havia santo que o fizesse mudar de ideia.
No mercado, pegaram dois carrinhos e cada um foi pra um lado. Encontraram-se a primeira vez em frente ao açougue:
_O que é isso Edgar?!
_Que eu saiba, é uma alface...
_Pode devolver.
_Qual é o problema com essa alface?
_Ela não é orgânica.
_"Orgânica?!"
_Ela não teve um crescimento natural.
_Não?! Por quê?! Ela foi adotada?!
_Bota de volta na prateleira, anda.
_Faz uma coisa, você compra as verduras e eu cuido do resto.
Trocaram os carrinhos e lá foi um para cada lado outra vez. Daqui a pouco se encontraram de novo.
_O que é isso Edgar?!
_Frango. Nunca viu um?! É o filho da galinha antes de ficar adulto.
_Você sabe de onde veio esse frango?!
_Provavelmente do ovo. Mais natural, impossível.
_Você viu na embalagem em que granja ele foi criado?
_Faz diferença?!
_Você poria seus filhos em qualquer escola?!
_Poria. Se nós fôssemos abate-los depois.
_Bota de volta na prateleira, anda.
_Marilda, isso é só um frango.
_Mas tem que saber onde ele foi criado.
_Com certeza não foi numa granja montessoriana! Senão custaria o dobro do preço.
Ficou acertado que Marilda cuidaria da comida e caberia a ele comprar só os supérfluos. Quando se encontaram no caixa, na hora de pagar, ela reclamou de novo.
_O que é isso?!
_Um CD. Comprei pras crianças.
_Ninguém mais compra CD, Edgar!
_E como é que eles escutam música?
_Eles baixam na internet.
De noite, antes de dormir, Edgar estava decepcionado. Marilda tentou animá-lo e a coisa acabou na cama. Fizeram sexo como faziam antigamente. O mundo podia ter mudado, mas nisso Edgar continuava imbatível.
(Cláudio Paiva)


*Alice

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Sentimental

O quanto eu te falei que isso vai mudar
Motivo eu nunca dei...
Você me avisar, me ensinar,
falar do que foi pra você, não vai me livrar de viver !

Quem é mais sentimental que eu?!
Eu disse e nem assim se pôde evitar...
De tanto eu te falar, você subverteu
o que era um sentimento e assim fez dele razão...
pra se perder no abismo que é pensar e sentir
Ela é mais sentimental que eu!
Então fica bem...
...se eu sofro um pouco mais...

"Se ela te fala assim, com tantos rodeios,
é pra te seduzir
e te ver buscando o sentido
daquilo que você ouviria displicentemente.
Se ela te fosse direta, você a rejeitaria."
Eu só aceito a condição de ter você só pra mim
Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir... e rir.
(Marcelo Camelo)

Sabe...qdo vc sabe que se apaixonou? Que agora não tem mais jeito? Que chega o ponto de vc se sentir tão perdido que vc não sabe o que anda fazendo e geralmente é o contrário do que realmente gostaria ou deveria?
Pois é...

*Alice.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Sobre a jaca

Eu já sabia que minha filha era irônica, mas hoje foi engraçado.
Na casa de uma amiga tomando cerveja, eu, ela(amiga), Duda(minha filha) e Heitor(filho da amiga).
Vira minha amiga pra Duda:
_Duda, vc já comeu jaca?
(Duda)Não, nunca comi.(eu odeio jaca e espero fielmente que minha prole não goste tbm).
A Lacy me pega um unico gomo de jaca pra Duda.
Duda cheira, olha bem o aspécto físico da fruta.
Lambe...
Vira e diz: Como eu vivi 8 anos da minha vida sem jaca?
Olha pra mim com cara de poucos amigos que só ela sabe fazer e diz:
_Mãe, disfarça...pega essa jaca, joga no vaso e da descarga pra ninguem saber que eu não quis.

p.s:E olha que ela adora quiabo.

Essa sem sombra de dúvidas é filha da Alice.

*Alice

Último Romance


Eu encontrei-o quando não quis
mais procurar o meu amor
e o quanto levou foi pra eu merecer
antes um mês e eu já não sei
e até quem me vê lendo jornal
na fila do pão sabe que eu te encontrei
e ninguém dirá
que é tarde demais
que é tão diferente assim
do nosso amor
a gente é que sabe pequeno
ah vai
me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém
afim de te acompanhar
e se o caso for de ir a praia
eu levo essa casa numa sacola..
eu encontrei-o e quis duvidar
tanto clichê
deve não ser
você me falou
pra eu não me preocupar
ter fé e ver coragem no amor
e só de te ver
eu penso em trocar
a minha tv num jeito de te levar
a qualquer lugar
que você queira
e ir onde o vento for
que pra nos dois
sair de casa já é
se aventurar
ah vai
me diz o que é o sossego que eu te mostro alguém
afim de te acompanhar
e se o tempo for te levar eu sigo essa hora
eu pego carona
pra te acompanhar
*Alice

MEME

Bom, recebi essa coisa de Meme do http://www.netomussauer.blogspot.com/, meu mau amigo do jardim de infância. Eu não sei pq, se ele conhece até meus piores podres...acreditem, os piores mesmo. Não vou perguntar o que é "meme" já que depois de ler tanto sobre, descobrir que pra cada meme que já vi postado alguém dá uma explicação diferente.


As regras são bem simples:
Colocar o link de quem te indicou para o meme.

Escrever estas 5 regras antes do seu meme pra deixar a brincadeira mais clara.

Contar os 6 fatos aleatórios sobre você.

Indicar 6 blogueiros pra continuar o meme.

Avisar para esses blogueiros que eles foram indicados.

Vamos aos seis fatos:

  1. Meu primeiro "porre" foi de vinho e aos 5 anos de idade
  2. Eu já quase morri de amor(literalmente) e acreditem, não tem nada de romantico nisso.
  3. Dificilmente eu choro, é coisa rara mesmo de acontecer, mas quando percebo que a angústia está me fazendo perder o limite das coisas e eu preciso chorar, ouço repetidamente "Black" do Pearl Jam, e choro até desidratar...entra música e sai música da minha vida, e essa sempre permanece.
  4. Quando tinha 8 anos, passei catchup na minha camisola e numa faca, gritei e me joguei no chão, só pra assustar a menina que trabalhava na minha casa, ela era da roça, da roça, da roça de Minas e tinha uma semana que estava no Rio e a 3 na minha casa. Deu certo, a mulher pediu as contas no mesmo dia.
  5. Eu tenho muito medo de escuro.
  6. Meu irmão e eu, já mandamos minha mãe pro hospital 6 vezes com crise de nervos, em uma dessas ela teve que ficar 1 semana longe da gente pra se recuperar.

Eu peguei leve, se eu fosse ficar postando coisas a meu respeito aqui, daria um livro. Mas como não tenho nenhum propósito de chocar ninguém...coloquei as coisas mais levinhas, até criança pode ler.

Ah sim, me desculpem estragar a brincadeira...mas parei por aqui, nada de correntes pra mim.

Beijos, Alice.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

E no dia de hoje...

Um p.s, mas o p.s de hoje tem uma sabor especial, estava eu curtindo depressão de começo de ano, muito mal começado...minha melhor amiga imaginária viajando(cretina), fui conversar com minha Preta(tia da minha amiga imaginária e a melhor pessoa pra se receber conselhos), entre cervejas e muitos cigarros pra tirar todo o estresse do mundo, eu e Lacy(minha preta), gargalhando pra cacete, ouvi dela a frase perfeita pra sair do buraco...o p.s de hoje é em sua homenagem Preta.

p.s: "Prefiro comer picanha acompanhada, que carne de segunda sozinha..."

*Alice

I see dumb people...

Consumir mais do que sete xícaras de café por dia provoca alucinações, segundo cientistas da Universidade Durhan, na Grã-Bretanha, eles afirmam que pessoas que consomem mais de sete xícaras de café por dia tem o triplo de probabilidade de sofrer alucinações-ouvir vozes, ver coisas que não existem ou até acreditar que sentem presença de pessoas que já morreram-em comparação a quem toma só uma(mas a dor de cabeça cabeluda que dá a falta do primeiro golinho, ninguém comenta).
Os pesquisadores perguntaram a 200 estudantes sobre o seu consumo habitual de café, chá, energéticos e outros produtos com cafeína. Também avaliaram o estresse de cada um. Os alunos que consumiram mais cafeína tinham mais propensão a relatar alucinações. O "cortisol"(hormônio ligado ao estresse), pode explicar a vinculação, segundo Simon Jones, psicólogo que coordenou a pesquisa. O organismo libera mais hormônios depois do consumo de cafeína, e essa dose extra pode estimular alucinações.

Então Joaquim Phoenix na minha cama essa noite foi uma alucinação?
Parei com a porra da cafeína!

*Alice

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

E no dia de hoje...

Um p.s.

p.s: "Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz que eu mereço
e que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada
porque metade de mim é o que penso
mas a outra metade é um vulcão."

*Alice

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Em que parte da vida aprendemos a ser pessimistas?

Não, eu não fui sempre assim. Lembro bem, quando criança, meu pai nunca gostou das praias do Rio, então num domingão daqueles bem quente mesmo, acordávamos cedo(minha mãe já havia preparado na noite anterior sua famosa pasta de cebolas e litros de matte leão), arrumávamos o carro(eu sempre podia levar uma amiguinha, meu irmão não tinha o mesmo privilégio...confesso que eu era a queridinha do papai). Estavamos prontos pra subir a serra.
Bom, onde a parte do pessimismo entra ai? Na verdade não entra agora, eu fui uma criança muito otimista, pasmem!!!
Voltando a parte em que minha mãe estava na cozinha preparando seus quitutes, certa vez, em que íamos ao Parque Nacional dos Órgãos(Teresópolis), e lá tinha uma piscina natural...geladérrima, mas eu adorava, eu sabia que tinha que amanhecer um dia perfeito, ouvi meu pai comentando com minha mãe: _Linda, o tempo está estranho, acho que vai chover. Mas pra otimista Alice isso não era problema, eu inventei uma simpatia quando criança, justamente para ajudar nesses dias.
Tomar nota: Pegue uma folha de papel ofício, de preferencia novinha...se estiver amarrotada pode não dar certo(não é frecura, é sério isso gente), como eu ia dizendo, vc vai precisar da folha de ofício branca, lápis de cor amarelo e azul(céu).
Modo de fazer: Desenhe um sol beeeeeem grandão, bem amarelão, com raios pra todos os lados, pinte todo o sol de forma uniforme, não pode ter falhas(atrapalha o processo). Ah sim, o sol tem que ter expressão facial, tem que ser um sol bem feliz, bem sorridentee os olhos do sol devem ser azuis(ai entra o lápis de cor azul), azul é a cor da água da piscina(assim eu pensava).
Com minha simpatia pronta, ia correndo pra cama dormir pro dia não demorar a amanhecer, pegava meu solzão todo sorridente, dava três beijinhos e o colocava embaixo do travesseiro. Batata!!!
Dia seguinte, meu pai vinha nos acordar, abria a cortina do quarto e lá estava, o sol que eu havia desenhado e de olhos azuis. Perfeito.

p.s1: Isso é sério, funciona mesmo, não passaria essa informação adiante se não conhecesse os resultados.
p.s2: Tem tbm a simpatia do ovo cozido atras da porta, mas a proveniência é duvidosa.

Agora, o que aconteceu com tanto otimismo?
Em que parte da minha vida eu o perdi?
Segundo a Dani(minha amiga imaginária rs), eu não consigo dar só uma opinião negativa pra qualquer assunto que seja, como consigo dar duas, três, quatro, cinco...e se deixar, eu não paro com minha negatividade...má que pessoa carregada.


*Alice

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O tal do seu beijo...

Quando ela se deu conta do que acontecia, o beijo era somente o reflexo involuntário dos lábios ansiosos. O gosto era agradável, era um gosto de frutas que não sabia explicar e que deixava uma sensação tão surreal quanto a cena que acontecia. Por alguns segundos ela se entregava aos apelos daquele beijo. Era uma guerra de linguas.
Ela pensou em agarra-lo pelo braço e perguntar:
_Como ousa?
Mas o corpo inebriado pelo beijo que lhe roubava sem pudor a alma, pelo calor e desejo, não lhe deixava agir. Uma sensação que durava uma breve eternidade.
Ficou desconcertada, e mesmo assim se perguntava a todo momento quando seria beijada novamente por aquele que invadiu uma vida inteira, numa fração de segudos de um beijo.
E a imaginação correu solta, entre corpos entrelaçados, braços, peitos, pernas e os olhares guloso, chegando ao café da manhã, em sua boca uma mistura perfeita de frutas. E se questinonava a cada instante: "Onde estará minha alma?"
*Alice

E no dia de hoje...

Um p.s.

p.s.: "Mas também sabia de uma coisa: quanto estivesse
pronta, passaria de si para os outros, o seu caminho
era os outros. Quando pudesse sentir plenamente o outro,
estaria a salvo e pensaria: eis o meu ponto de chegada.
Mas antes precisava tocar em si própria, antes precisava
tocar no mundo"

Boa noite
*Alice

Intuição: A Cigana que há dentro de cada um de nós


Certa vez fui a uma cartomante sob a influência de uma amiga que A D O R A ir para estas coisas. E dai a cartomante disse para eu usar sempre muito dourado porque eu tinha uma cigana que me acompanhava e que gostava muito de dourado (???). Não entendi muito o que aquilo queria dizer, nem exatamente como era esta história de cigana que acompanha... Mas a tal amiga que adora uma cartomante fixou na cabeça dela esta informação e do nada neste final de semana que passou soltou: "É amiga, você tem uma cigana mesmo porque o que você fala acontece mesmo! Sem contar que tudo que você me diz a cartomante também já me disse alguma vez!" Este comentário foi uma conclusão que ela tirou após perceber que tudo que eu havia dito sobre o paquera dela e sobre o rolo entre os dois se confirmar.
Quando ela fez este comentário eu por um segundo me peguei pensando se eu era intuitiva ou coisa assim, já que eu sempre me achei uma pessoa que nunca conseguia seguir ou sequer perceber o meu sexto sentindo. Só para vocês terem uma idéia em certa prova de um concurso que estava fazendo eu estava suuuuper na dívida entre a opção A e B de uma questão. E fiquei ali minutos a fim me perguntando qual seria a resposta... o tempo passou e derrepente baixou a intuição: "É a letra B!!!"Do nada fui tomada por uma certeza dentro de mim, sim era a letra B! Eu comecei a agradecer a Deus pela "dica"e etc e tal e fiquei toda me sentindo mística porque a resposta havia baixado para mim. Dai sai o gabarito e eu vou, ainda me achando médium, conferir. Sabem qual era a resposta: A? B? Nao! Não! A resposta era D. Sim, minha gente, eu fiquei horas pensando se era A ou B, e era D!!! Neste dia eu decretei o fim da minha mediunidade, sexto sentido, intuição, via direta com Deus ou seja o que for. E ai, anos depois uma amiga vem insinuar que tenho uma cigana que me "sopra"as coisas.
Bem, alguns segundos pensando sobre e eu me peguei lembrando que intuição, segundo a psicanálise, é uma informação que nosso inconsciente nos manda com bases em todas as informações ali armazenadas, ou melhor colhidas e guardadas no consciente, inconsciente e subconsciente. E a nossa cigana é a nossa intuição! Eu não acertei a questão do concurso simplemente porque o conteúdo daquela pergunta não havia sido registrado pelo meu consciente, subconsciente ou qualquer coisa assim. E eu acertei o destino daquele relacionamento porque não é de hoje que ouço dia após dia fatos sobre a amiga que adora cartomante e o rolo dela. Dai foi só juntar as peças e devolver para ela o quebra cabeça montado!
Mas verdade seja dita, a intuição ou seja lá o que for, funciona melhor para quem vê de fora! Acho que quando estamos involvidos em um relacionamento misturamos a realidade com o que achamos que é a realidade e o que queriamos que fosse a realidade. Este monte de informações junto com nossas neuras de estimação formam uma mistura de quebra-cabeça com jogo da memória, chadrez e baralho que deixa a cigana doidinha doidinha... E da-lhe papo com a amiga para tentar entender...
Coisa de mulher...

Roberta

A Arte do Desapego

Este texto foi retirado do livro “Quando tudo se desfaz” da monja budista Pema Chödrön, que trata a felicidade como algo alcançável, mas que muitas vezes, ironicamente, na tentativa de evitar a dor o sofrimento a perdemos de vista.


[...] “Em tudo que fazemos, podemos explorar esses pares de opostos tão familiares. Em vez de cair automaticamente nos padrões habituais, podemos começar a perceber como reagimos quando alguém nos faz um elogio. Como reagimos quando alguém nos culpa? Como reagimos quando perdemos alguma coisa? E quando achamos que ganhamos algo? Quando sentimos prazer ou dor, isso é simples? Apenas sentimos prazer ou dor? Ou existe todo um roteiro que se desenrola paralelamente?


[...]Estranhamente, uma curiosidade começa a cortar pela raiz o que chamamos de sofrimento do ego ou egocentrismo e enxergamos com mais clareza. Normalmente, somos levados por sentimentos de prazer e dor. Somos levados por eles em qualquer dessas direções reagimos com nosso estilo habitual e nem ao menos percebemos o que está acontecendo. Antes de nos darmos conta, já escrevemos uma novela sobre os grandes erros de alguém, sobre nossos grandes acertos, ou sobre nossas justas razões para conseguir isso ou aquilo. Quando começamos a compreender esse processo com um todo, ele se torna muito mais leve.



[...]Permitir que as coisas se dissolvam, às vezes, chamado de desapego, mas sem a qualidade fria e distante que, freqüentemente, se associa a essa palavra. Neste caso, o desapego inclui mais bondade e uma profunda intimidade. Na verdade é um desejo de conhecer, semelhante à curiosidade de uma criança de 3 anos. Queremos conhecer nossa dor para pararmos de fugir interminavelmente. Queremos conhecer nosso prazer para podermos parar de agarrar continuamente. Então, de algum modo, nossas perguntas tornam-se mais amplas, e nossa curiosidade, mais vasta. Queremos entender a perda, de um modo que possamos compreender os demais quando sua vida desmorona. Queremos entender o ganho, para que possamos compreender outras pessoas quando estão encantadas ou quando se tornam arrogantes, empolgadas e envaidecidas.



[...]Começamos simplesmente olhando para nossos próprios corações e mentes. Provavelmente começamos a olhar porque nos sentimos inadequados ou estamos sofrendo e queremos entrar nos eixos. Começamos a compreender que, assim como nós, outras pessoas estão também sendo fisgadas pela esperança e medo. Nossa motivação começa a mudar e desejamos nos tornar mais suaves e sensatos pelo bem de outras pessoas. Ainda desejamos ver como nossa mente funciona e como somos seduzidos pelo mundo, mas não mais apenas por nós mesmos. Passa a ser pelo dilema humano em sua totalidade.”


Boa noite
*Alice

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

E no dia de hoje...

Um p.s.

p.s.: eu sou só um você
que você não quis
e querer é coisa tão pequena
que só não sou você por um triz.
Boa noite
*Alice

domingo, 11 de janeiro de 2009

Sobre Marcelo Camelo

E disse Maria Rita:"Foram quase sete músicas dele. Seria um Maria Rita Canta Marcelo Camelo!”, brinca a cantora, que ganhou um exemplar de Bloco do Eu Sozinho do produtor de seu disco, Tom Capone. “Ouvi e fiquei fascinada. Perguntei se aquilo era o pop-rock brasileiro. Foi paixão à primeira vista. Marcelo Camelo é um compositor como poucos, que faz música e letra caminharem juntas. As histórias são pensadas, têm começo, meio e fim. E a história na música é importante. Sem história, não há identificação, e aí não há emoção.”

Marcelo Camelo, não só vocalista do Los Hermanos, como pasmem! Poeta!
E dos melhores.
Maria Rita, canta uma música que eu acho perfeita, toda a letra, toda a poesia das palavras, nada muito meloso(já que não faz meu estilo), mas palavras que te tocam a ponto de te arrepiar e te fazer encaixar nela com toda facilidade. Começou minha procura pelo autor da letra.
Buscando em sites de letras de músicas vi: "Santa Chuva - Marcelo Camelo". Ué, mas esse não é o vocalista do Los Hermanos? Sim, e tão surpresa eu também fiquei lendo outras letras e trechos de texto feitos por ele. Impossível não se sentir personagem de cada canção. O cara é um puta de um poeta, e como disse antes, dos melhores.
Pra quem odiava Los Hermanos justamente por achar "Ana Julia", uma letra se pé e sem cabeça.
Fã, esse é o nome certo...diria até que, Marcelo Camelo faz músicas pra mim.
Vale a pena, quem se interessa por boa leitura, procurar saber mais sobre o trabalho do poeta de barbas longas, cabelos desgrenhados e uma mente brilhante.

Santa Chuva
(Maria Rita - Letra Marcelo Camelo)
Ele
Vai chover de novo, deu na TV
Que o povo já se cansou de tanto o céu desabar
E pede a um santo daqui que reze ajuda de Deus
Mas nada pode fazer se a chuva quer é trazer você pra mim
Vem cá que ta me dando uma vontade de chorar
Não faz assim, não vá pra lá
Meu coração vai se entregar à tempestade
Ela
Quem é você pra me chamar aqui se nada aconteceu?
Me diz, foi só amor ou medo de ficar sozinho outra vez?
Cadê aquela outra mulher? Você me parecia tão bem!
A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar
Quem foi que te ensinou a rezar?
Que santo vai brigar por você?
Que povo aprova o que você fez?
Devolve aquela minha TV que eu vou de vez
Não há porque chorar por um amor que já morreu
Deixa pra lá, eu vou, adeus
Meu coração já se cansou de falsidade

*Alice

Out of Reach - Gabrielle

Ouvindo desesperadamente.



Em minha homenagem, mais uma vez.

*Alice

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

HOMENS A NÍVEL DE MÃOS

Gente, eu explico...lendo uns posts do site "Banheiro Feminino", me deparei com uma tal de Dra. Froid. É o seguinte, ela analisa os homens a "nível de tudo".
Como ela diz: "Conheça profundamente o perfil do seu tipinho antes de levar pra casa"



Um profundo estudo da relação entre a personalidade do homem, as suas mãos e seus pênis. Leia e aprenda a fazer a correlação mão/p**.

O HOMEM-MÃO DE PIANISTA Dedos longos, dedos finos, tão elegante. Eles vão e vêm, dedilham pra lá, e pra cá. A gente entrelaça os dedos e sente os ossos do coitadinho. A temperatura do Mão de pianista é de batráquio. Mãos frias, porém secas. O Mão de pianista, além de ser bom pra tocar um piano, também serve para trabalhos delicados, como de dentista, ginecologista, proctologista... Vamos logo desmistificar, para que não haja um movimento de rejeição aos Mãos de pianistas. Já vi muitos Mãos de pianistas donos de jebas expressivas.

O HOMEM-MÃO ESTRANGULADORA Oi tudo bem, prazer. Ele estende a mão, você estende a sua delicada, tratada, feminina e o Homem-mão estranguladora não contabiliza a sua delicadeza e esmaga a sua mão como se estivesse dando parabéns a um estivador. Os ossos da mão fazem barulho no momento do “prazer” . Ele te olha com um olhar firme, decidido. Você pode até imaginar que com um apertão daqueles, o bofe apresente também um p** firme, forte. Mas na verdade, o Mão estranguladora é um inseguro que naquele gesto exagerado, grita por amor..de pai ausente. Eu acho complicado.

O HOMEM-MÃO FOFINHA Geralmente o Homem-mão fofinha é fofinho também. Eu gosto muito pra sair à tarde, pegar um cinema, tomar um cappuccino. O Homem-mão fofinha gosta de tocar violão pros amigos com seu caderno de ouro com pérolas cifradas como “Meu Mundo e Nada Mais” do Guilherme Arantes. Leve-o pro fim de semana na serra. O p** dele? Não sei, nem quero saber.

O HOMEM-MÃO SUADA Acompanha o olho esbugalhado. O Homem-mão suada é tenso, um nervosismo contido. Útil em dias frios quando o vidro do carro embaça, ele pode usar seus poderes de sudorese como desembaçador. Cinema no primeiro encontro não é uma boa, porque aquele momento mão fica comprometido. O cara pode querer te pegar e ao mesmo tempo fica tenso por causa do suadouro, acaba não pegando a mão e você ali achando que ele estava frio. Frio e suado, essa parte você não sabia. O Mão suada é conhecido também por ter ejaculação precoce e o problema todo começou lá dentro do cinema.

O HOMEM-MÃOZÃO Tipo auto-confiante, o Homem mãozão teima em fazer coisas com as mãos na sua frente. Não tem vidro de palmito que o detenha. O Mãozão pega como se fosse uma miniatura daquele brinquedo de feirinha da sua infância e ploc, vidro aberto. Cerveja long neck, aquela feita pra ser aberta sem abridor que a gente nunca consegue porque machuca nossa mãozinha, ele vem e plec, garrafa aberta, a espuma transbordando. Ele estica aquele antebração (porque o Mãozão vem com o antebração junto) e você ali hipnotizada pela peça máscula, viril, já imaginando o resto todo. Cuidado, ha relatos de Mãozão associado à Pau de minhoca, mas esses são casos de extrema raridade. Em geral, para nossa alegria, o Mãozão tem mesmo p** avantajado.

O HOMEM-MÃOZINHA Versão brincalhona invertida do Mãozão. O Mãozinha tem mania de pegar na gente. Ele dá tchau pra todo mundo, vive teclando com agilidade em seu smartphone que, para ele, é um tecladão. O Mãozinha pode ser usado para pegar coisas que caíram atrás de armários, pra brincar de passar anel e pra contar em palmos medidas de múltiplos de 10 cm. O Mãozinha tem ainda nas variações mãozinha de pianista, mãozinha suada, mãozinha fofinha e, pasme, mãozinha estranguladora. Muito cuidado com o Mãozinha estranguladora, que representa 98% dos serial killers. Ainda tá pensando no p** dele? Sua louca.

O HOMEM-MÃO DE TROCADOR Nas versões pianista e mãozão, porém sempre sujas. O Homem-mão de trocador é cheio de bactérias, coliformes fecais e tudo que você imaginar de menos e mais letal. O Mão de trocador é uma placa de Petri em forma de homem. Sempre de camisa azul de botão, manga curta, o Homem-mão de trocador não precisa estar atrás de uma roleta, dentro de um bususm. Não, eles estão entre nós. Não lavam a mão depois de ir ao banheiro, nem depois de contar seu dinheiro todo trocado e amassado no bolso da calça. Agora se prepara que o pior vem aí. O Homem-mão de trocador usa anel e a unha do dedo mindinho bem grande...pintada com esmalte incolor. Socorrrrro. Ele tem gonorréia, esquece.

Isso é de baixo nível, porém hilário.
Créditos ao site: http://www.banheirofeminino.com.br/

Boa noite
*Alice

A lembrança do gesto de dar

Cada um de nós tem um provérbio de estimação, mesmo que não o viva citando e repetindo...Qual é o seu?
O meu é um provérbio chinês. É verdadeiro, a meu ver. É bonito. Faz entender. E enfeita a vida. É assim:
" Um pouco de perfume sempre fica nas mãos de quem oferece rosas"
Nunca dei rosas sem sentir que nas minhas mãos ficou um pouco do seu perfume. Nunca prestei um favor, sem sentir que nas minhas mãos ficou a lembrança do gesto de dar. Nunca dei amor, sem sentir que também recebi amor.
Quem sabe se a "aura" que envolve as pessoas generosas vem de que elas guardam, no ar tranquilo e suave, o perfume de quem deu as rosas?
Minha alegria em dar chega, às vezes, a me parecer egoísmo...tanto eu me beneficio quanto dou. Parece até que sou eu quem ganha realmente.
Um dia desses vi uma senhora muito ocupada atender a uma criança que tinha dito: mamãe, vem cá! Fato banal? Não, não era banal. Essa criança de três anos fora recolhida pela senhora quando, com dois dias de vida, quase morria de fome.

Do livro Correio Feminino, de Clarice Lispector.

Boa noite
*Alice

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

O CRISTIANO RONALDO, NÃAAAO!!!!

Revista Ataque - Jornal O Dia 08/01/2009


As associações britânicas de futebol querem em 2009, lançar vídeo contra a homofobia, ou seja, identificar e combater o ódio, a aversão ou discriminação a gays, homossexuais, viados etc e tal. E o jornal portuga "Correio da Manhã" bate que os dois grandes favoritos para dar um sacode legal na parada são o patrício Cristiano Ronaldo, do Manchester, e o inglesinho David Backham, Milan/Los Angeles. Os craques dariam mensagens de alerta contra a homofobia, que seriam exibidas nas emissoras de televisão e tbm nos telões de todos os estádios da Europa.




Comentário de alguém que não tinha o que fazer(e que deve ser feio pra cacete e não comer ninguém a tempos): "Esse portuga nunca me enganou, vai defender seus amigos"




ODEIO HOMEM DESPEITADO!!!!!!







CARA, ALGUÉM ME RESPONDE...
O QUE SÃO ESSAS ENTRADAS????


*Alice

A Arte de Perder


É difícil encontrarmos alguém que consiga aceitar a perda, se desprender é uma arte, aceitar que é preciso virar uma página pode ser muito difícil. Cancerianos como eu, se apegam a tudo com suas patinhas sentimentais sofrem por perder a tampa da caneta BIc. Mas aprender a perder é uma lição importante a se aprender nesta vida, perder coisas, perder pessoas, perder momentos...

Certo fim de tarde de uma segunda feira qualquer, assisti no DVD ao filme "Em seu lugar". É ótimo assistir a um filme despretenciosamente e de repente perceber que ele é muito bom. E foi o caso deste, a história dá um post a parte aqui, e em um dado momento do filme um poema de Elizabeth Bishop e citado, um poema sobre a arte de perder. Uma pessoa muito querida, mas que fez uma besteira imensa e me perdeu como possível futura namorada, certa vez havia me apresentado a este poema e, até por todos os sentimentos envolvidos naquela questão, me senti simplesmente tocado por aquelas palavras. Acho que poesia é isto, é se sentir tocada, compreendida, transcrita... Ai vai o poema (traduzido para o português):

A arte de perder não tarda aprender;
tantas coisas parecem feitas com o moldeda perda que o perdê-las não traz desastre.
Perca algo a cada dia.
Aceita o susto de perder chaves, e a hora passada embalde.
A arte de perder não tarda aprender.
Pratica perder mais rápido mil coisas mais:lugares, nomes, onde pensaste de férias ir.
Nenhuma perda trará desastre.
Perdi o relógio de minha mãe.
A última,ou a penúltima, de minhas casas queridas foi-se.
Não tarda aprender, a arte de perder.
Perdi duas cidades, eram deliciosas.
E,pior, alguns reinos que tive, dois rios, umcontinente.
Sinto sua falta, nenhum desastre.
- Mesmo perder-te a ti (a voz que ria, um enteamado), mentir não posso.
É evidente:a arte de perder muito não tarda aprender,embora a perda - escreva tudo! - lembre desastre.



* Roberta

QUEM TEM MEDO DO MSN?

Agora com a Alice, todo mundo vai ter.
Porra, eu estou quietinha no meu cantinho como sempre "ocupado do msn", vem o André:

André Rocha diz: Me joga no google e...
André Rocha diz: me chama de pesquisa
André Rocha diz: e diz que sou tudo aquilo que vc procura...huahuahuahuaha

Alice diz: Que porra é essa?

André Rocha diz: Me joga na parede porra!!!

Caralhoooo, não tô dizendo?
Sabe que esse tbm vai pro rolo neam? Ele vai me chamar de piranha, safada pra baixo, mas vaaaaaaiiiiiiiii pro rolo sim.

Esse é o André, meu Grélo predileto!!!!

Beeeijo Alice.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Ainda na mesma do CU sem acento...

Roberta, minha amiga querida e sócia minoritária no "Mulheres Alteradas", já que ela abandonou o blog por estar passando por apertos do coração dividida em duas partes...Dani o deus grego de 1,95 e sarado de olhos verdes que ela "pega" a mais de um ano e Rog o ex namorado que tbm é gato, da época da faculdade q eu acho que durou 6 anos...bom mas isso, se um dia ela quiser ela faz um post sobre o assunto, até pq acho que já falei demais.
Beta e eu temos mania de atropelar assuntos, nunca deixamos a outra concluir uma conversa e ficamos sempre confusa pensando: "onde foi que paramos naquele assunto mesmo?". Em meio, lógico, a muitas gargalhadas.
Ah sim, Beta mora em Salvador...e eu no Rio, mas algumas vezes por ano conseguimos nos encontrar por algumas curtas horas, o suficiente pra colocar em dia todos os assuntos possiveis, e claro, em meio a atropelamentos.
Como eu entro sempre "ocupado" no msn, nunca vejo quem entra online, já que a plaquinha não sobe. Vem a serelepe e "peituda" amiga...caramba que saudade que eu sinto...bom, vamos ao diálogo (resumido):

roberta diz:
Oi amigucha!

Alice diz:
oie

(papo vai papo vem)
Alice diz:
Beta
Alice diz:
vc já foi olhar nosso blog?
roberta diz:
Caraca, q vontade fazer pops (hauhuahauhau...CARALEO...nojenta!!!)
Alice diz:
kkkkkkkkkkkkkk
roberta diz:
Muita!
Alice diz:
que idiota, pq vc não vai
Alice diz:
kkkkkkkkkkkkkk
roberta diz:
Mas eu tenho domínio sobre ele!
Alice diz:
essa vai pro blog (vcs estão de prova que eu disse que ia pra rolo...depois ela não pode reclamar)
Alice diz:
dominio sobre o pops?
Alice diz:
como vc faz isso (que pergunta idiota)
roberta diz:
Contraíndo o esfincter. (hahahahahahahahahahahahaha)
roberta diz:
A propósito, falando nele, acabei de ler sobre o cu
roberta diz:
Cu pode nao ter acento, mas nos colocamos ele no acento, né
Alice diz:
pera
Alice diz:
não consigo parar de rir
roberta diz:
Vou desconectar, ok!
roberta diz:
Nao vou conseguir acessar em casa, pq como disse minha net está um CU sem acento e sem controle de esfíncter porem com caimbras e a internet da claro que acabei de comprar num gesto de desepero so vale para as 22h de tomorrow
roberta diz:
Me diz tchau amiga
Alice diz:
tchau amiga
roberta diz:
Fui!


Ahhhh, eu sinto saudades...amiga do esfíncter obediente!!!!!


*Alice



p.s.: "tá um pouco desorganizada... mas como a conversa não fala coisa com coisa, tá no seu nível normal.. rs" (comentário do Alan)

Com acento ou sem acento o CÚ é meu!!!



Nessas conversinhas de msn...com o Ser do Pântano, meu OGRO preferido e que é sempre muito divertido, pq eu sempre, sempre rolo de rir, literalmente. Minha internet, que não é das melhores, mas é a única que tenho...caindo, sabe quando vc manda as mensagens e elas voltam? Então, perguntei:

Alice: Recebeu a msg que te mandei? Minha internet tá um cú...

Felipe: Não, não recebi...e cu com acento só o seu Alice

Alice: O cu é meu, boto acento se quiser

Felipe: Tudo bem, mas se eu te pedir o cu e vc me der, eu quero sem acento...só pra vc saber.

Filho da puta...sutil feito um trator!!!!


*Alice

VERSOS SIMPLES - Chimarruts



Sabe já faz tempo que eu queria te falar,
Das coisas que trago no peito.
Saudade, já não sei se a palavra certa para usar,
Ainda lembro do seu jeito.

Não te trago ouro,
Porque ele não entra no céu,
E nenhuma riqueza deste mundo.
Não te trago flores,
Porque elas secam e caem ao chão.
Te trago os meus versos simples,
Mas que fiz de coração.



Em minha homenagem.

*Alice

Ser feliz...para ser bonita

As pessoas que se comprazem no sofrimento, que gostam de sentir-se infelizes e fazer aos outros infelizes, jamais poderão orgulhar-se de sua beleza. o mau humor, o sentimento de frustração, a amargura marcam a fisionomia, apagam o brilho dos olhos, cavam sulcos na face mais jovem, enfeiam qualquer rosto. Essa é a razão por que a mulher, que cultiva a beleza, deve esforçar-se para ser feliz. Felicidade é estado de alma, é atmosfera interior, não dependem de fato ou circusntâncias externas.

Claro que se o dinheiro falta, se a saúde vacila, se o amor arma alguma cilada, seu desejo de rir será pouco. Mas combata a depressão. Cultive o bom humor, como quem cultiva um bom hábito. Esforce-se para ser alegre. Afaste os sentimentos mesquinhos que provocam o despeito, a inveja, os sentimento de fracasso, que são origem de infelicidade. Adote uma filosofia otimista, eduque-se para ser feliz. Você o conseguirá.

Com o estado de felicidade íntima, a mocidade volta, a beleza reaparee. Seja feliz, se quer ser bonita.


p.s.: É que hoje, eu acordei em frangalhos...

p.s2.: Amiga, se isso te servir de conselho...


*Alice

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Do desejo (Hilda Hilst)



Do desejo

(trechos)
(Hilda Hilst)




I
Porque há desejo em mim, é tudo cintilância.
Antes, o cotidiano era um pensar alturas
Buscando Aquele Outro decantado
Surdo à minha humana ladradura.Visgo e suor, pois nunca se faziam.
Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo
Tomas-me o corpo. E que descanso me dás
Depois das lidas. Sonhei penhascos
Quando havia o jardim aqui ao lado.
Pensei subidas onde não havia rastros.
Extasiada, fodo contigo
Ao invés de ganir diante do Nada.

IV
Se eu disser que vi um pássaro
Sobre o teu sexo, deverias crer?
E se não for verdade, em nada mudará o Universo.
Se eu disser que o desejo é Eternidade
Porque o instante arde interminável
Deverias crer? E se não for verdade
Tantos o disseram que talvez possa ser.
No desejo nos vêm sofomanias, adornos
Impudência, pejo. E agora digo que há um pássaro
Voando sobre o Tejo. Por que não posso Pontilhar de inocência e poesia
Ossos, sangue, carne, o agora
E tudo isso em nós que se fará disforme?


V
Existe a noite, e existe o breu.
Noite é o velado coração de Deus
Esse que por pudor não mais procuro.
Breu é quando tu te afastas ou dizes
Que viajas, e um sol de gelo
Petrifica-me a cara e desobriga-me De fidelidade e de conjura. O desejo
Este da carne, a mim não me faz medo.
Assim como me veio, também não me avassala.
Sabes por quê? Lutei com Aquele. E dele também não fui lacaia.




Sobre Hilda Hilst




Hilda Hilst nasceu na cidade de Jaú, interior do Estado de São Paulo, no dia 21 de abril de 1930, filha única do fazendeiro, jornalista, poeta e ensaísta Apolônio de Almeida Prado Hilst e de Bedecilda Vaz Cardoso. Com pouco tempo de vida, seus pais se separaram, o que motivou sua mudança, com a mãe, para a cidade de Santos (SP). Seu pai, que sofria de esquizofrenia, foi internado num sanatório em Campinas (SP), tendo nessa época 35 anos de idade. Até sua morte passou longos períodos em sanatórios para doentes mentais.
Foi para o colégio interno, Santa Marcelina, na cidade de São Paulo, em 1937, onde estudou por oito anos. No ano de 1945 matricula-se no curso clássico da Escola Mackenzie, também naquela cidade. Morava, nessa época, num apartamento na Alameda Santos, com uma governanta de nome Marta.

Em 1946, pela primeira vez, visitou o pai em sua fazenda em sua cidade natal, Jaú. Em apenas três dias, no pouco tempo que passou com ele, perturbou-se com sua loucura. Em "Carta ao Pai" diz a biografada:"Só três noites de amor, só três noites de amor", implorava o pai, sim, o pai, ele nunca fizera uma coisa como essa, sim, era Jaú, interior de São Paulo, um dia qualquer de 1946, sim, a filha deslumbrante, tremendo em seus 16 anos, sim, o pai a confundia com a mãe, a mão dele fechada sobre a dela, sim, o pai a confundia com a mãe, a confundia, sim?..."

Aconselhada pela mãe, em 1948 inicia seus estudos de Direito na Faculdade do Largo do São Francisco. A partir de então levaria uma vida boêmia que se prolongou até 1963. Moça de rara beleza, Hilda comportava-se de maneira muito avançada, escandalizando a alta sociedade paulista. Despertou paixões em empresários, poetas (inclusive Vinicius de Moraes) e artistas em geral.

Em 1949 é escolhida para saudar, entre os alunos de Direito, a escritora Lygia Fagundes Telles, por ocasião do lançamento de seu livro de contos "O Cacto Vermelho".

Hilda lança, nos dois anos seguintes, seus primeiros livros: "Presságio" (1950), e "Balada de Alzira" (1951).

Conclui o curso de Direito em 1952. Três anos depois publica "Balada do Festival". No ano de 1957 viaja pela Europa por sete meses (junho a dezembro). Namora com o ator americano Dean Martin e, fazendo-se passar por jornalista, assedia, sem sucesso, Marlon Brando, outro galã de Hollywood.

Em 1959 publica o livro de poesia "Roteiro do silêncio" e "Trovas de muito amor para um amado senhor". José Antônio de Almeida Prado, primo da escritora, inspira-se em poemas desse último livro e compõe a "Canção para soprano e piano". Em outras oportunidades voltou a basear-se em textos de Hilda para compor alguns de seus trabalhos mais significativos. Os compositores Adoniran Barbosa ("Quando te achei") e Gilberto Mendes ("Trovas"), entre outros, também se inspiraram em textos da autora."Ode fragmentária" é lançado em 1961. Seu livro "Trovas de muito amor para um amado senhor" é reeditado por Massao Ohno.É agraciada com o Prêmio Pen Club de São Paulo pelo livro "Sete cantos do poeta para o anjo", em 1962. Passa a morar na Fazenda São José, a 11 quilômetros de Campinas (SP), de propriedade de sua mãe. Abre mão da intensa vida de convívio social para se dedicar exclusivamente à literatura. Tal mudança foi influenciada pela leitura de "Carta a El Greco", do escritor grego Nikos Kazantzakis. Entre outras teses, defende o escritor a necessidade do isolamento do mundo para tornar possível o conhecimento do ser humano. Muda-se para a Casa do Sol, construída na fazenda, onde passa a viver com o escultor Dante Casarini, em 1966. Morre seu pai.

Em 1967 redige "A possessa" e "O rato no muro", iniciando uma série de oito peças teatrais que escreveria até 1969. Lança "Poesia (1959 / 1967)".

Por imposição da mãe, internada no mesmo sanatório em Campinas onde estivera seu pai, casa-se com Dante Casarini, em 1968. Escreve as peças "O visitante", "Auto da barca de Camiri", "O novo sistema" e "As aves da noite". "O visitante" e "O rato no muro" são encenadas no Teatro Anchieta, em São Paulo, para exame dos alunos da Escola de Arte Dramática, sob direção de Terezinha Aguiar.Em 1969 escreve "O verdugo" e "A morte do patriarca". A primeira recebe o Prêmio Anchieta. A montagem de "O rato no muro", sob a direção de Terezinha Aguiar, é apresentada no Festival de Teatro de Manizales, na Colômbia."Fluxo-Floema", sua primeira obra em prosa, é lançada em 1970. A peça "O novo sistema" é encenada em São Paulo, no Teatro Veredas, pelos Grupo Experimental Mauá (Gema), sob a direção de Terezinha Aguiar. Baseando-se nos experimentos do pesquisador sueco Friedrich Juergenson relatados no livro "Telefone para o além", Hilda Hilst iria se dedicar, ao longo desta década que se iniciava, à gravação, através de ondas radiofônicas, de vozes que, assegurava, seriam de pessoas mortas. No mesmo período anunciou a visita de discos voadores à sua fazenda. "O verdugo" é editado em livro, e é, até hoje, a única que não é inédita. Morre sua mãe, Bedecilda.Em 1972 o Grupo de Teatro Núcleo, da Universidade Estadual de Londrina, sobre a direção de Nitis Jacon A. Moreira, encena a peça "O verdugo". Essa mesma peça é encenada no Teatro Oficina, em São Paulo, sob a direção de Rofran Fernandes, no ano seguinte, época em que foi lançado seu novo livro "Qadós". "Júbilo, memória, noviciado da paixão" é lançado em 1974.

No ano de 1977 é publicado o livro "Ficções", que recebe o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), como "Melhor Livro do Ano".Três anos depois, 1980, saem os livros "Poesia (1959/1979)", "Da morte. Odes mínimas", e "Tu não te moves de ti". Recebe da APCA o prêmio pelo conjunto da obra. Estréia a montagem de "As aves da noite" no Teatro Ruth Escobar, com direção de Antônio do Valle. Divorcia-se de Dante Casarini, mas o ex-marido continua morando na Casa do Sol. Passa a fazer parte do Programa do Artista Residente da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), em 1982. Lança "A obscena senhora D". No ano seguinte publica "Cantares de perda e predileção", que recebe os prêmios Jabuti (da Câmara Brasileira do Livro) e Cassiano Ricardo (do Clube de Poesia de São Paulo).

Em 1984 saem os "Poemas malditos, gozosos e devotos". Dois anos depois, em 1986, publica os livros "Sobre a tua grande face" e "Com meus olhos de cão e outras novelas". 1989 marca o lançamento de "Amavisse".Com "O caderno rosa de Lori Lamby", livro que consagra a nova fase iniciada em "A obscena senhora D", a escritora anuncia o "adeus à literatura séria" (1990). Justifica essa medida radical como uma tentativa de vender mais e assim conquistar o reconhecimento do público. A obra provoca "espanto e indignação" em seus amigos e na crítica. O editor Caio Graco Prado se recusa a publicá-la e o artista plástico Wesley Duke Lee a considera "um lixo". Lança "Contos d'escárnio/Textos grotescos e Alcoólicos".

O quarto livro dessa fase que, para muito, como dissemos, causou "espanto e indignação", "Cartas de um sedutor" é lançado em 1991. O livro "O caderno rosa de Lori Lamby" é traduzido para o italiano. Estréia, em São Paulo, a peça "Maria matamoros", adaptação do texto "Matamoros" que se encontra no livro "Tu não te moves de ti".

Em 1992 lança a antologia poética "Do desejo" e "Bufólicas", na verdade uma brincadeira quase infantil da autora, por muitos visto como uma paródia. Passa a colaborar com o Correio Popular, jornal diário de Campinas (SP), escrevendo crônicas semanais; o trabalho se estenderia até 1995.

No ano seguinte publica "Rútilo nada", num livro que também continha "A obscena senhora D" e "Qadós". "Rútilo nada" recebe o Prêmio Jabuti na categoria "Contos". Em 1994, "Contos d'escárnio & Textos Grotescos" é traduzido para o francês.

No ano seguinte sai o volume "Cantares do sem nome e de partidas". O Centro de Documentação Alexandre Eulálio, da UNICAMP, adquire seu arquivo pessoal. A escritora sofre isquemia cerebral.Em 1997, lança "Estar sendo. Ter sido". Seus poemas são lidos em Quebec, Canadá, juntamente com textos de Safo, Gabriela Mistral e Marguerite Yourcenar, entre outras autoras, no recital Le féminin du feu, durante as comemorações do Dia Internacional da Mulher.A edição bilíngüe (português-francês) do livro "Da morte. Odes mínimas" é publicada em 1998. Publica também "Cascos & Carícias: crônicas reunidas (1992-1995)", volume de textos que saíram no jornal "Correio Popular". Volta a se dedicar a questões sobrenaturais: afirma acreditar no contato dos mortos com a Terra através de mensagens enviadas via fax. Reafirma o desejo de construir em suas terras um centro de estudos da imortalidade.Em 1999, lança a antologia poética "Do amor". Sob a coordenação do escritor Yuri V. Santos entra no ar seu site oficial:http://www.angelfire.com/ri/casadosol/hhilst.html.

"O caderno rosa de Lori Lamby" é levado ao palco sob direção de Bete Coelho e tendo no papel principal a atriz Iara Jamra.Em 2000, lança "Teatro reunido" (volume 1)". Estréia, em Brasília, a adaptação teatral de "Cartas de um sedutor". Estréia, na Casa de Cultura Laura Alvin, no Rio de Janeiro, o espetáculo "HH informe-se", reunião e adaptação teatral de textos da autora. Inauguração, em dezembro, da "Exposição Hilda Hilst - 70 anos", evento criado pela arquiteta Gisela Magalhães no SESC Pompéia, em São Paulo.Em 2001, estréia, no Rio de Janeiro, a adaptação teatral de "Cartas de um sedutor". A Editora Globo passa a ser responsável por toda sua obra publicada.

Agraciada, em 2002, com o Prêmio Moinho Santista - 47ª edição, categoria poesia.

Agraciada, em 2003, pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), na área de literatura, com o Grande Prêmio da Crítica pela reedição de suas "Obras completas".

Hilda Hilst faleceu no dia 04 de fevereiro de 2004, na cidade de Campinas (SP).
Obras da Autora:
Individuais:
Poesia:Presságio - SP: Revista dos Tribunais, 1950. (Ilustrações Darcy Penteado).

Balada de Alzira - SP: Edições Alarico, 1951. (Ilustrações de Clóvis Graciano).

Balada do festival - RJ: Jornal de Letras, 1955.Roteiro do Silêncio - SP: Anhambi, 1959.

Trovas de muito amor para um amado senhor - SP: Anhambi, 1959 SP: Massao Ohno, 1961.Ode fragmentária - SP: Anhambi, 1961.

Sete cantos do poeta para o anjo - SP: Massao Ohno, 1962. (Prêmio PEN Clube - S. Paulo) (Ilustrações de Wesley Duke Lee).

Poesia (1959/1967) - SP: Livraria Sal, 1967.Júbilo, memória, noviciado da paixão - SP: Massao Ohno, 1974.

Poesia (1959/1979) - SP: Quíron/INL, 1980. (Ilustração de Bastico).

Da Morte. Odes mínimas - SP: Massao Ohno, Roswitha Kempf, 1980. (Ilustrações da autora)Cantares de perda e predileção - SP: Massao Ohno/M. Lídia Pires e Albuquerque Editores,1980 (Prêmio Jabuti/Câmara Brasileira do Livro. Prêmio Cassiano Ricardo/Clube de Poesia de São Paulo.)

Poemas malditos, gozosos e devotos - SP: Massao Ohno/Ismael Guarnelli Editores, 1984.

Sobre a tua grande face - SP: Massao Ohno, 1986.Amavisse - SP: Massao Ohno, 1989.

Alcoólicas - SP: Maison de vins, 1990.Do desejo - SP: Pontes, 1992

Bufólicas - SP: Massao Ohno, 1992. (Desenhos de Jaguar).

Cantares do sem nome e de partidas - SP: Massao Ohno, 1995.

Do amor - SP: Edith Arnhold/Massao Ohno, 1999.
Ficção:Fluxo-Floema - SP: Perspectiva, 1970. Qadós - SP: Edart, 1973.Ficções - SP: Quíron, 1977. (Prêmio APCA. Melhor livro do ano.)

Tu não te moves de ti - SP: Cultura, 1980.A obscena senhora D - SP: Massao Ohno, 1982.

Com meus olhos de cão e outras novelas - SP: Brasiliense, 1986. (Ilustrações da autora).

O caderno rosa de Lori Lamby - SP: Massao Ohno, 1990. (Ilustrações de Millôr Fernandes).

Contos d'escárnio/Textos grotescos - SP: Siciliano, 1990.

Cartas de um sedutor - SP: Paulicéia, 1991.Rútilo nada - Campinas: Pontes 1993. (Prêmio Jabuti/Câmara Brasileira do Livro.)

Estar sendo. Ter sido - SP: Nankin, 1997. (Ilustrações de Marcos Gabriel).

Cascos e carícias: crônicas reunidas (1992 / 1995) - SP: Nankin, 2000 Antologias Poéticas:Do desejo - Campinas, Pontes, 1992.

Do amor - SP: Massao Ohno, 1999.
Participações em coletâneas:"Agüenta coração". In: Flávio Moreira da Costa - Onze em campo e um bando de primeira - Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1998, pp. 39-40."Canto Terceiro, XI (Balada do Festival)". In: Milton de Godoy Campos - Antologia poética da Geração de 45 - São Paulo: Clube da poesia, 1966, pp.114-115."Rútilo nada". In: Renata Pallotini - Anthologie de la poésie brésilienne - Paris: Chandeigne, 1988, pp.373-381m, tradução de Isabel Meyrelles."Gestalt". In: Ítalo Moriconi - Os cem melhores contos brasileiros do século - Rio de Janeiro: Objetiva, 2000, pp. 332-333."Do desejo" (fragmentos), "Alcoólicas" (fragmentos). In: Ítalo Moriconi - Os cem melhores poemas brasileiros do século - Rio de Janeiro: Objetiva, 2000, pp.289-290, 293-295."Do desejo (poema XLIX)". In: José Neumanne Pinto - Os cem melhores poetas brasileiros do século - São Paulo, 2001. pp. 230."Poeti brasiliani contemporanei". Prefácio e seleção de Silvio Castro. Veneza - Centro Internazionale della Gráfica di Venezia, 1997, pp.64-75.
Em parceria:

Renina Katz: serigrafias. Poema de Hilda Hilst - SP: Cesar, 1970.
Teatro :A Possessa - 1967.

O rato no muro - 1967.O visitante - 1968.

Auto da barca de Camiri - 1968.O novo sistema - 1968.As aves da noite - 1968.

O verdugo - 1969 (Prêmio Anchieta - Conselho Estadual de Cultura, 1970)

A morte do patriarca - 1969.Teatro reunido (volume I) - 2000. (com exceção da peça "O verdugo", todas as obras são inéditas).
Traduções:Para o alemão:

Briefe eines Verführers. (Cartas de um sedutor, fragmento). Tradução de Mechthild Blumberg. Stint. Zeitschrift für Literatur, Bremen, n.27, ano 15, pp.28-30, out. 2001.

Funkelndes Nichts (Rútilo nada). Tradução de Mechthild Blumberg Stint. Stint. Zeitschrift für Literatur, Bremen, n.29, ano 15, pp.54-66, ago. 2001.Vom Tod. Minimale Oden (Da morte. Odes Mínimas). (Odes I, IV, V, VI, VIII, XII, XIX e poemas I e III de "À tua frente. Em vaidade". .

Em 1993, Rútilo Nada. A obscena senhora D. Qadós, (Pontes - 1993) recebe o Prêmio Jabuti como melhor conto. Os dados acima foram obtidos em livros da e sobre a autora, sites na Internet e nos Cadernos de Literatura Brasileira (IMS) - número 8, outubro de 1999.

Agraciada, em 2002, com o Prêmio Moinho Santista - 47ª edição, categoria poesia.

Agraciada, em 2003, pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), na área de literatura, com o Grande Prêmio da Crítica pela reedição de suas "Obras completas".


*Alice

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

As 9 dicas...


MULHERES, VAMOS PARAR DE TENTAR MUDAR NOSSOS HOMENS COM MÉTODOS INEFICAZES.
SEI QUE É DIFÍCIL LER ESSE TEXTO SEM TREMER NA BASE, MAS É ISSO MESMO...
SE NÃO ESTIVEREM PREPARADAS PARA TEREM ABSOLUTA CERTEZA DAQUILO QUE JÁ DESCONFIAVAM, E COM TODA RAZÃO, FAVOR...NÃO CONTINUAR A LEITURA.
POR ARNALDO JABOR, ESSE ESPÉCIME DE SINCERIDADE MASCULINA.



1º Não existe homem fiel.

Vc já pode ter ouvido isso algumas vezes, mas afirmo com propriedade. Não é desabafo.
É palavra de homem que conhece muitos homens e que conhecem, por sua vez, muitos homens.
Nenhum homem é fiel, mas pode estar fiel (ou porque está apaixonado, algo que não dura muito tempo - no máximo alguns meses - nem se iluda) ou porque está cercado por todos os lados (veremos adiante que não adianta cercá-lo, isso vai se voltar contra vc).
A única exceção é o crente extremamente convicto.
Se vc quer um homem que seja fiel, procure um crente daqueles bitolados, mas agüente as outras conseqüências.

2º Não desanime.

O homem é capaz de te trair e de te amar ao mesmo tempo.
A traição do homem é hormonal, efêmera, para satisfazer a lascívia.
Não é como a da mulher. A mulher tem que admirar para trair; ter algum envolvimento.
O homem só precisa de uma bunda.
A mulher precisa de um motivo para trair, o homem precisa de uma mulher.

3º Não fique desencantada com a vida por isso.

A traição tem seu lado positivo. Até digo, é um mal necessário.
O cara que fica cercado, sem trair é infeliz no casamento, seu desempenho sexual diminui (isso mesmo, o desempenho com a esposa diminui), ele fica mal da cabeça.
Entenda de uma vez por todas: homens e mulheres são diferentes.
Se quiser alguém que pense como vc, vire lésbica (várias já fizeram isso e deu certo), ou case com um viado enrustido que precisa de uma mulher para se enquadrar no modelo social. Todo ser humano busca a felicidade, a realização. E a realização nada mais é do que a sensação de prazer (isso é química, tá tudo no cérebro).
A mulher se realiza satisfazendo o desejo maternal, com a segurança de ter uma família estruturada e saudável, com um bom homem ao lado que a proteja e lhe dê carinho.
O homem é mais voltado para a profissão e para a realização pessoal e a realização pessoal dele vêm de diversas formas: pode vir com o sentimento de paternidade, com uma família estruturada, etc. Mas nunca vai vir se não puder acesso a outras fêmeas e se não puder ter relativo sucesso na profissão.
Se vc cercar seu homem (tipo, mulher que é sócia do marido na empresa).
O cara não dá um passo no dia-a-dia (sem ela) vc vai sufocá-lo de tal forma que ele pode até não ter espaço para lhe trair, mas ou seu casamento vai durar pouco, ele vai ser gordo (vai buscar a fuga na comida) e vai ser pobre (por que não vai ter a cabeça tranqüila para se desenvolver profissionalmente. (Vai ser um cara sem ambição e sem futuro).

4º Não tente mudar para seu homem ser fiel.

Não adianta.
Silicone, curso de dança sensual, se vestir de enfermeira, etc… nada disso vai adiantar.
É lógico que quanto mais largada vc for, menor a vontade do homem de ficar com vc e maior as chances do divórcio.
Se ser perfeita adiantasse, Julia Roberts não tinha casado três vezes.
Até Gisele Bunchen foi largada por Di Caprio, não é vc que vai ser diferente (mas é bom não desanimar e sempre dar aquela malhadinha).
O segredo é dar espaço para o homem viajar nos seus desejos (na maioria das vezes, quando ele não está sufocado pela mulher ele nem chega a trair, fica só nas paqueras, troca de olhares).
Finja que não sabe que ele dá umas pegadas por fora.
Isso é o segredo para um bom casamento.
Deixe ele se distrair, todos precisam de lazer.


5º Se vc busca o homem perfeito, pode continuar vendo novela das seis.


Eles não existem nesse conceito que vc imagina.
Os homens perfeitos de hoje são aqueles bem desenvolvidos profissionalmenteque traem esporadicamente (uma vez a cada dois meses, por exemplo), mas que respeitam a mulher, ou seja, não gastam o dinheiro da família com amantes, não constituem outra família não traem muitas vezes, não mantêm relações várias vezes com a mesma mulher (para não criar vínculos) e, sobretudo, são muuuuuito discretos: não deixam a esposa (e nem ninguém saber da sua relação, como amigas, familiares, etc saberem).
Só, e somente só, um amigo ou outro DELE deve saber, faz parte do prazer do homem contar vantagem sexual. Pegar e não falar para os amigos é pior do que não pegar. As traições do homem perfeito geralmente são numa escapolida numa boite, ou com uma garota de programa (usando camisinha e sem fazer sexo oral nela), ou mesmo com uma mulher casada de passagem por sua cidade. O homem perfeito nunca trai com mulheres solteiras. Elas são causadoras de problemas. Isso remete ao próximo tópico.


6º ESSE TÓPICO NÃO É PARA AS ESPOSAS É PARA AS SOLTEIRAS OU AMANTES:


Esqueçam de uma vez por todas esse negócio de homem não gosta de mulher fácil. Homem adora mulher fácil.
Se ‘der’ de prima então, é o máximo.
Todo homem sabe que não existe mulher santa.
Se ela está se fazendo de difícil ele parte para outra.
A demanda é muito maior do que a procura. O mercado ta cheio de mulher gostosa. O que homem não gosta é de mulher que liga no dia seguinte. Isso não é ser fácil, é ser problemática (mulher problema).
Ou, como se diz na gíria, é pepino puro.
O fato de vc não ligar para o homem e ele gostar de vc, não quer dizer que foi por vc se fazer de difícil, mas sim por vc não representar ameaça para ele. Ele vai ficar com tanta simpatia por vc que vc pode até conseguir fisgá-lo e roubá-lo da mulher. Ele vai começar a se envolver sem perceber. Vai começar ELE a te procurar. Se ele não te procurar era porque ele só queria aquilo mesmo. Parta para outro e deixe esse de stand by. Não vá se vingar, vc só piora a situação e não lucra nada com isso.
Não se sinta usada, vc também fez uso do corpo dele - faz parte do jogo; guarde como um momento bom de sua vida.


7º 90% dos homens não querem nada sério.


Os 10% restantes estão momentaneamente cansados da vida, de balada ou estão ficando com má fama por não estarem casados ou enamorados; por isso procuram casamento. Portanto, são máximas as chances do homem mentir em quase tudo que te fala no primeiro encontro (ele só quer te comer, sempre). Não seja idiota, aproveite o momento, finja que acredita que ele está apaixonado, dê logo para ele (e corra o risco de fisgá-lo) ou então nem saia com ele.
Fazer doce só agrava a situação, estamos em 2007 e não em 1957.
Esqueça os conselhos da sua avó, os tempos são outros.


8º Para ser uma boa esposa e para ter um casamento pelo resto da vida faça o seguinte:


Tente achar o homem perfeito do 5º item, dê espaço para ele.
Não o sufoque.
Ele precisa de um tempo para sua satisfação.
Seja uma boa esposa, mantenha-se bonita, malhe, tenha uma profissão (não seja dona de casa), seja independentee mantenha o clima legal em casa.
Nada de sufocos, de ‘conversar sobre a relação’, de ficar mexendo no celular dele, de ficar apertando o cerco, etc.
Vc pode até criar ‘muros’ para ele, mas crie muros invisíveis e não muito altos. Se ele perceber ou ficar sem saída, vai se sentir ameaçado e o casamento vai começar a ruir.


A última dica: 9º

Se vc está revoltada por este e-mail, aqui vai um conselho: vá tomar uma água e volte para ler com o espírito desarmado. Se revoltar quanto ao que está escrito não vai resolver nada em sua vida. Acreditar que o que está aqui é mentira ou exagero pode ser uma boa técnica (iludir-se faz parte da vida, se vc é dessas, boa sorte!). Mas tudo é a pura verdade. Seu marido/noivo/namorado te ama, tenha certeza, senão não estaria com vc, mas trair é como um remédio; um lubrificante para o motor do carro. Isso é científico. O homem que vc deve buscar para ser feliz é o homem perfeito do item 5º. Diferente disso ou é crente, ou viado ou tem algum trauma (e na maioria dos casos vão ser pobres). O que vc procura pode ser impossível de achar, então, procure algo que vc pode achar e seja feliz ao invés de passar a vida inteira procurando algo indefectível que vc nunca vai encontrar.
Espero ter ajudado em alguma coisa.
(Arnaldo Jabor)


*Alice

domingo, 4 de janeiro de 2009

O mundo é um Moinho

O MUNDO É UM MOINHO
(Cartola)
Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Presta atenção, querida
Embora saiba que estás resolvida
E em cada esquina cai um pouco a tua vida
E em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Presta atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó
Presta atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com teus pés
*Alice